São três jogos, sete gols a favor, nenhum contra e um aproveitamento de 100%. Esse é o desempenho de Mano Menezes, que quebrou uma escrita que durava mais de 18 anos, à frente da Seleção Brasileira. Com a vitória por 2 a 0 sobre a Ucrânia, nesta segunda-feira, o treinador igualou a marca atingida por Carlos Alberto Parreira em 1992, quando havia sido o último técnico do Brasil a conseguir três triunfos nas três primeiras partidas no cargo.
Após três duelos teoricamente mais tranquilos, contra Ucrânia, Estados Unidos e Irã, o Brasil terá agora a Argentina pela frente, no dia 17 de novembro, em Doha, no Qatar. Apesar de o time de Sergio Batista vir de derrota por 1 a 0 para o Japão, Mano considera que os hermanos serão os adversários mais complicados da Seleção após a Copa do Mundo e acredita que os rivais estão em um estágio mais avançado, por conta do entrosamento da equipe, que mantém a base do Mundial da África do Sul.
- Penso que a Argentina está em um estágio diferente da Seleção Brasileira neste momento. Eles tão repetindo a equipe que atuou no Mundial, e nós estamos mexendo ainda. Então eles levam vantagem nesse aspecto. Mas vamos fazer um jogo de enfrentamento parelho. É bom, depois de um jogo como esse, ter um nível de dificuldade maior pela frente - disse Mano, em entrevista ao SporTV.
Treinador analisa atuação brasileira
Apesar de valorizar o próximo adversário, Mano lembra também do bom momento vivido pela sua equipe. O treinador acredita que a Seleção está evoluindo ao longo do tempo e diz que o Brasil está adquirindo uma forma de jogo.
- Acho que vamos firmando algumas ideias, que não são públicas. À medida que vamos repetindo, todos podem ter uma noção do que o técnico está pensando. Temos que valorizar as três vitórias, os sete gols marcados e não ter sofrido nenhum. A equipe está propondo o jogo, como eu havia falado. Nesses aspectos a equipe está se afirmando. Com muitas alterações, como as seis que tivemos nesta segunda, perdemos um pouco do entrosamento e a qualidade do jogo.
O esquema brasileiro sofreu uma modificação entre a equipe que começou contra o Irã, na semana passada, e o time que encarou a Ucrânia, nesta segunda. Isso porque Mano sacou Philippe Coutinho para escalar Elias no meio, mudando a função tática de Carlos Eduardo dentro de campo
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- Jogamos com dois meias, mas com o Carlos Eduardo exercendo sua característica de armador. Nesse fundamento temos um ganho, mas perdemos um pouco pelo lado, função que teve o Daniel Alves. Então o Carlos Eduardo fez um trabalho mais de criação. O importante é criar alternativas e jogadas de gol.
Para Mano, o bom desempenho do atacante Alexandre Pato, que marcou três vezes nos três jogos do treinador à frente da equipe, só reflete o bom desempenho da Seleção Brasileira.
- Geralmente o jogador que faz última linha de frente depende muito da equipe. Essa é a maior confirmação que estamos produzindo bem. Se o centroavante faz um gol por jogo e ainda cria chances, é sinal de que a equipe está indo bem - conclui o comandante.
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